Era noite no amanhecer do pensamento
Onde o dia não quis raiar são
As ideias se foram com o vento
Onde a luz protegi com a mão
Era um dia como outro, então
Mas o céu se mostrava vazio
Como se ele fosse meu coração
E nele faltasse um ladrilho
Como a mãe sente falta de um filho
De podê-lo em seu colo acolher
De mimá-lo como um gatilho
Até que ele possa adormecer
Outro dia se impõe a nascer
Dessa vez me pedindo uma chance
Para que assim possa sobreviver
Sem que eu o impeça que avance
Deixo então que a luz me alcance
E o dia saia então do papel
Olho para o céu de relance
E em minhas mãos vejo um troféu
Eu nunca estive ao leu
Pois todo o vazio estava em mim
Tapei os meus olhos com o véu
Que fiz com meu próprio cetim
Pois a vida é bela, sim
Basta que a gente saiba apreciar
Como no céu, um Zepelin
No alto esteja a pairar
À ela devemos amar
E é nela que vamos ter fé
Todo dia a abrilhantar
E que seja como ela quiser
(Álvaro Albuquerque 25/03/2008)
sábado, 7 de junho de 2008
segunda-feira, 2 de junho de 2008
As linhas movem o mundo...
Seja a do equador fazendo a inevitável divisão de rico e pobre;
Sejam as linhas de força na física mostrando a complexidade de tudo ao nosso redor.
Seja a linha do horizonte que se perde próximo ao crepúsculo vermelho-alaranjado e ativa a nossa linha do raciocínio;
Seja esta que nos leva às reflexões inefáveis e aos devaneios simbólicos e filosóficos na busca de desvendar os mistérios do mundo.
Sejam as linhas telefônicas que trazem o longe para o perto e aliviam a saudade de quem não está presente ao seu lado.
Seja a linha do trem, que ultrapassa fronteiras com um único destino, assim como as linhas de Deus que, tortas ou não, descrevem a linha da vida, podendo ser esta curta ou longa, difícil ou não e, dentro dessa trajetória, nos guia à única certeza que temos:
O fim da linha.
(Álvaro Albuquerque 02/03/2005)
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