Era noite no amanhecer do pensamento
Onde o dia não quis raiar são
As ideias se foram com o vento
Onde a luz protegi com a mão
Era um dia como outro, então
Mas o céu se mostrava vazio
Como se ele fosse meu coração
E nele faltasse um ladrilho
Como a mãe sente falta de um filho
De podê-lo em seu colo acolher
De mimá-lo como um gatilho
Até que ele possa adormecer
Outro dia se impõe a nascer
Dessa vez me pedindo uma chance
Para que assim possa sobreviver
Sem que eu o impeça que avance
Deixo então que a luz me alcance
E o dia saia então do papel
Olho para o céu de relance
E em minhas mãos vejo um troféu
Eu nunca estive ao leu
Pois todo o vazio estava em mim
Tapei os meus olhos com o véu
Que fiz com meu próprio cetim
Pois a vida é bela, sim
Basta que a gente saiba apreciar
Como no céu, um Zepelin
No alto esteja a pairar
À ela devemos amar
E é nela que vamos ter fé
Todo dia a abrilhantar
E que seja como ela quiser
(Álvaro Albuquerque 25/03/2008)
3 comentários:
essa merecia um ritmo meio sambinha lento =)
lindo! :D
Que buritin, véi :D
depois eu leio o teu com calma também, só dei uma passadinha aqui ^^
:*
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